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Juliana Turchetti

Turchetti no Fire Boss

No último dia 10 de julho, a aviação perdeu Juliana Turchetti. Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, o amor de Juliana pela aviação a fez se tornar uma aeromoça aos 18 anos para poder pagar por seus cursos de piloto. Dois anos depois, ela obteve sua licença de piloto privado e em 2025, o seu comercial com multimotor e IFR. Ela então trabalhou como instrutora de voo de 2007 a 2009, quando se tornou copiloto de Boeing 737 na Gol Linhas Aéreas. Em 2011, ela foi contratada pela Total Cargo como copiloto de Boeing 727-200. Mas seu sonho era a aviação agrícola, e assim em 2013 ela se formou em seu CAVAG, e começou sua carreira aeroagrícola em um Cessna AgTruck, voando posteriormente em Pawnee e Ipanema.

Juliana se mudou para os Estados Unidos em 2018, onde ela passou a voar aviões agrícolas a turbina adquirindo experiência com os Thrush modelos 510P, 510G, 510GR e 660, além dos Air Tractor AT-402B e AT-502B. 

Por algum tempo, a partir de 2016, Juliana escreveu a coluna “Volo per Veritas” (“Voo pela Verdade”) em AgAir Update, contando aos leitores sobre suas experiências na aviação agrícola e nos translados de aviões agrícolas dos Estados Unidos para o Brasil. 

Mas ela não conseguiu ficar muito tempo longe da aviação; ela passou a atuar no combate aéreo a incêndios, seu velho sonho. E mais recentemente, Juliana foi a primeira piloto brasileira a voar o AT-802 Fire Boss. No último dia 10 de julho, ela estava voando um Fire Boss como parte de uma operação para combater o fogo Horse Gulch no estado de Montana, quando ela perdeu o controle da aeronave e se acidentou no Lago Hauser durante a execução de um scooping, a manobra na qual um avião anfíbio corre na água auto-abastecendo o seu hopper. Não há mais detalhes disponíveis no momento em que escrevemos isso. A NTSB – National Transportation Safety Board, Junta Nacional da Segurança dos Transportes – está conduzindo a investigação do acidente, com o total apoio e cooperação da Federal Aviation Administration (FAA), do U.S. Forest Service (Serviço Florestal dos EUA), e do Escritório do Sheriff do Condado de Lewis & Clark.

Juliana deixa um filho de 17 anos, bem como saudades em sua família, seus amigos e seus muitos admiradores. 

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