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Panorama Econômico – Em tempo de instabilidade econômica, monitoramento, velocidade e decisões assertivas são palavras de ordem

Sempre que surge uma mudança no governo, principalmente de visão contrária a gestão anterior, alterações nas diretrizes de ordem econômica e política ocorrem, tornando o tema instabilidade pauta nas discussões econômicas. Além de analisar o novo posicionamento, faremos uma conexão com as questões macroeconômicas, considerando as variáveis do IAVAG – Índice de Inflação do setor aeroagrícola, como base para as reflexões.

No Brasil, desde que o novo governo assumiu, o Banco Central (Bacen) vem acompanhando com cautela as articulações do executivo. Além do desafio de combater a inflação, o Bacen pode minimizar os riscos da elevação dos gastos públicos por meio dos juros altos, principalmente quando o orçamento aprovado pelo governo se apresenta acima do teto de gastos. É importante salientar que os juros altos e a inflação elevada causam o aumento da dívida pública, reduzindo os recursos para investimentos no país. Por isso, nas últimas semanas o governo tem tomado medidas para minimizar os danos econômicos como a nova apresentação do arcabouço fiscal e a construção de acordos com a China. Essas ações somadas a possível redução dos juros no Brasil e nos Eua, a perspectiva de safras recordes, cenário externo favorável a ativos de risco e os avanços das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia o dólar se apresentou abaixo de R$ 5 na semana do dia 10 de abril, neste caso contribuindo para a queda da inflação do setor aeroagrícola.

Em relação ao Petróleo, recurso fundamental para o setor aeroagrícola, já estamos tendo altas em virtude de cortes na produção impostas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), levando à redução da oferta. A projeção de alta se alastra para os próximos meses, obrigando os operadores a visualizarem sistematicamente as movimentações. O etanol, por sua vez, no período de abril apresenta alta, pela demanda elevada podendo ter redução nos meses posteriores. E o INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor, em março de 2023 apontou um indicador de 0,64% e 4,29% no acumulado de 12 meses, com destaque para a alta nos transportes. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com uma nova variação para este ano, aponta para cerca de 5,5% no acumulado de 2023.

Para fechar a reflexão econômica, o IAVAG nos últimos 3 meses se apresentou com instabilidade significativa. Em janeiro apresentou uma variação de -2,21%, em fevereiro 1,29% e em março -1,39%, mostrando o quanto o momento é instável. Nestes casos, a palavra para os gestores é cautela e olho nas movimentações econômicas e políticas, pois o planejamento, neste momento, só é possível fazer a curto prazo.

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