Mal tínhamos postado a edição de abril no correio quando recebemos a notícia que Mirta Vanni de Barbot tinha falecido. Prontamente noticiamos o fato em nosso site, agairupdate.com.br, e em nossas redes sociais. Mirta simplesmente foi a primeira mulher a voar agrícola no mundo, no Uruguai, em 1947, a pedido do Ministério da Agricultura de seu país, para combater em um Piper J-3 a mesma praga de gafanhotos que levou Candiota e Fontelles a fazer o primeiro voo agrícola no Brasil, na mesma época. Mirta não só fez o primeiro voo, mas voou agrícola por 14 anos e trabalhou por 40 anos no Serviço Aéreo do Ministério da Agricultura, onde selecionou aeronaves e equipamentos para ser adquiridos para a aviação agrícola uruguaia, além de formar, como instrutora, a primeira geração de pilotos agrícolas daquele país. Para homenageá-la, ninguém melhor do que nosso colaborador uruguaio, Martín da Costa Porto. Não deixe de ler a tocante matéria que ele escreveu sobre ela nesta edição.
Como esta edição foi encerrada mais tarde do que o usual, devido às merecidas férias de nossa diretora de arte, foi possível incluir nela nossa matéria sobre o encontro de veteranos da aviação agrícola ocorrido em Novo Hamburgo/RS, dia 27 de abril. Naquele evento, como costumamos fazer, distribuímos algumas cópias de nossas últimas edições entre os participantes, como forma de divulgação e para arregimentar novos assinantes. Fomos surpreendidos quando alguns dos participantes se recusaram a receber nossa edição de março, cuja matéria de capa foi o avião agrícola autônomo Pelican 2 da Pyka, sob a alegação de que “o AgAir Update agora está a favor dos drones”.
Como diria o político mineiro Benedito Valadares, “não somos contra nem a favor, muito antes pelo contrário”. Como sempre dissemos, consideramos que aeronaves agrícolas autônomas são mais uma ferramenta à disposição dos operadores aeroagrícolas, e que ainda é cedo para avaliarmos o real impacto que esta tecnologia trará à aviação agrícola.
Sejam quais forem estes impactos, eles não deixarão de ocorrer se nós evitarmos de publicar matérias sobre a aviação agrícola autônoma. O que não podemos é deixar de cumprir nossa missão de informar a você, leitor, dos últimos avanços tecnológicos em aplicação aérea – todos eles. Do contrário, você corre o risco de não ter a informação que precisa para melhor embasar as importantes decisões a respeito de sua empresa ou sua carreira profissional.
Dito isto, espero que goste de ler esta edição. Nosso artigo de capa deste mês é sobre uma das poucas empresas que operam helicópteros agrícolas no Brasil. Acreditamos que se trata de um nicho de mercado pouco explorado; o sucesso da Aero Agrícola Pretel é a prova evidente de que há espaço para mais operadores de asas rotativas agrícolas no país.
Todo mês, buscamos reunir o melhor e mais relevante conteúdo em aviação agrícola para sua informação. E como sempre, estamos abertos às suas sugestões, comentários e críticas. Basta mandar um email para [email protected].
Boa leitura!