Em parceria com a Mirim Aviação Agrícola, estande do setor apresentou avião histórico e entidade participou de debates sobre mercado e regulação no evento ocorrido no RS
Como ocorre desde 2017, o Sindag marcou presença na Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, que ocorreu de 21 a 23 de fevereiro, em Capão do Leão/RS. A movimentação foi na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado. Entre os destaques no setor aeroagrícola, o evento teve a estreia do Sindag como membro oficial da Câmara Temática da Cadeia Produtiva do Arroz, do Ministério da Agricultura. Além do encontro do diretor-executivo da entidade aeroagrícola, Gabriel Colle, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller.
Como nos anos anteriores, a entidade participou também com o Estande da Aviação Agrícola, em parceria com a empresa Mirim Aviação Agrícola e situado no início da visitação para os 50 expositores da mostra de tecnologias e para as 150 Vitrines Tecnológicas da feira. Também ao lado das lavouras experimentais, onde, no segundo dia, ocorreu a colheita simbólica de arroz e soja em terras baixas – com a participação de autoridades federais, estaduais e setoriais.
O local teve como atração também a mostra do avião Ipanema prefixo PP-FFC. Aeronave que pertencia à frota da antiga Fazenda Ipanema, onde a formação de pilotos agrícolas no País esteve a cargo do Ministério da Agricultura entre a década de 1960 e o início dos anos 90 (confira mais abaixo). A mostra foi visitada também pelo deputado estadual gaúcho Marcos Vinícius (PP), autor do Projeto de Lei 442/23, que declara a Aviação Agrícola como de Relevante Interesse Social, Econômico, Público e Econômico no Estado do Rio Grande do Sul.
Nos três dias de programação, a 34ª Abertura Oficial do Arroz e Grãos em Terras Baixas recebeu cerca de 15,3 mil pessoas, entre produtores, técnicos, agrônomos e outros especialistas ou prestadores de serviços, além de lideranças setoriais. Com visitantes de outras partes do País e do exterior.
IMPORTÂNCIA
Além de berço da aviação agrícola brasileira, o Rio Grande do Sul produz 80% do arroz consumido no País – que é exportado também para cerca de 10 países. Com o setor aeroagrícola incluído desde os anos 1950 entre as suas tecnologias.
Conforme o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, o evento ganhou importância pelo atual cenário do setor orizícola. “Os produtores estão organizados e atentos às demandas do mercado, para daí projetarem sua produção de modo a garantirem bons preços. Nesse nível de maturidade, eles procuram não só conhecer e saber dispor de tecnologias de ponta, como buscar excelência de seus fornecedores”, pontua Colle.
Por “produção em terras baixas” entende-se não só o arroz, mas sua alternância com outros grãos (soja, sorgo, milho, trigo), além da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Conforme as demandas do mercado. “Daí a necessidade do setor aeroagrícola estar presente, para conversar de perto com esse público e apresentar suas credenciais de tecnologia e eficiência”, destacou o dirigente aeroagrícola.
No balanço do evento, Colle acrescentou também o foco em estar junto aos parceiros e associados do Sindag e do Ibravag presentes no evento”. O que abrange desde empresas de drones até fornecedores de tecnologia, instituições de ensino e órgãos de ensino e pesquisa. “Aliás, não por acaso tema da programação neste ano foi Gestão Potencializando Safras.”
Fotos: Castor Becker Júnior/C5 NewsPress