A economia mundial sofre mudanças por diversos fatores como a COVID que trouxe a redução nas atividades produtivas, desencadeando com isto uma carência de bens e serviços ofertados, seja nos países de origem assim como também para o fornecimento ao comércio internacional e o efeito da redução de bens e serviços disponibilizados a população que leva ao aumento dos preços, conhecido como inflação. Quando ocorre esse tipo de mudança em países como a China, Estados Unidos e Argentina, por exemplo, a situação se agrava para o Brasil, pois são os 3 maiores parceiros comerciais.
Durante este ano, para conter a alta da inflação, países como EUA, Brasil, Zona do Euro e a China, mantiveram seus juros elevados, para retirada da moeda de circulação, fazendo com que a inflação se mantivesse ou até reduzisse durante alguns meses em alguns países. Sabemos que a consequência de juros altos e inflação elevada é o desaquecimento econômico, prejudicando a renda, desvalorizando a moeda nacional e consequentemente o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), entretanto é um remédio para a “cura da doença” econômica chamada inflação.
O PIB, que serve como um termômetro para medir o nível de crescimento de cada país, pode ser acompanhado também de uma forma geral, pela variação média do desempenho na economia global ou dos principais países. Até o momento, a Zona do Euro vem dando continuidade no desaceleramento, em torno de 0,5%, a América Latina aponta aumento de 1,8% no segundo triº 2023, EUA e Japão com 2,5% e 1,7% – e 6,3% na China.
Na economia global, o PIB do primeiro trimestre de 2023 chegou a apontar dados favoráveis e vem se recuperando aos poucos, acusando uma taxa de crescimento de 3,5% no segundo trimestre, apesar dos conflitos entre países como Rússia e Ucrânia e o mais recente embate entre Hamas e Israel. No Brasil a inflação já está no intervalo de tolerância estipulado pelo Banco Central do Brasil (Bacen), na qual define 3,5% como indicador ideal e com esses dados, o Bacen, em conjunto com o COPOM, já vem realizando os devidos ajustes na SELIC, optando pela redução de 0,5% em cada reunião. Nos EUA o nível geral de preços ainda está fora da meta, 3,1% em 12 meses depois do resultado de novembro no qual foi de 0,1% e na Zona do Euro seu indicador se encontra com 2,4%, acima da meta de 2%.
Nos EUA a taxa base de juros se mantém a algum tempo em 5,25% e 5,50%, como precaução a inflação. Na zona do Euro os juros estão com 4% pois a inflação ainda apresenta um percentual fora do intervalo de tolerância, também com 2% como indicador ideal e na China está com inflação anual de -0,5% e com os juros em 3,45%.
Com a Selic em queda, Taxa Base de Juros da economia do Brasil, diversas entidades recalculam as projeções do PIB para os próximos anos, o Banco Mundial especulou um aumento de 1,2% em 2023, 1,4% em 2024 e 2,4% em 2025. Já o relatório de mercado publicado semanalmente pelo Bacen através do Boletim Focos, estima um crescimento de 1,5% do PIB em 2024, iguais as perspectivas que o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta. O Ministério da Fazenda aponta uma abordagem mais otimista para 2024, com expectativas de ganhos no PIB em 2,3%.
O Banco Mundial prevê um engajamento do PIB nos EUA em 2023 para 1,1%, 0,8% em 2024 e 2,3% em 2025. Para a Zona do Euro, em 2023 o PIB fica em 0,4%, 1,3% em 2024 e 2,3% em 2025. Já para a China, em 2023 o PIB estimado fica em 5,6% em 2023, 4,6% em 2024 e 4,4% em 2025.