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Grandes, Médios ou Pequenos Aviões Agrícolas… Drones?

Grandes, Médios ou Pequenos Aviões Agrícolas… Drones?

 

Por Jeferson Luís Rezende

É RTV da INQUIMA.

Piloto de aviões, prof. Universitário e presidente do Aeroclube de Guarapuava/CIAC

 

O modismo pode ser um inimigo para a escolha de uma ferramenta de

trabalho, de um equipamento agrícola.

 

Assim como no segmento de equipamentos terrestres, há uma tendência do

uso de grandes autopropelidos, independente do perfil da área que será

tratada, na aviação agrícola os aviões gigantes estão cada dia mais presentes.

 

Também vemos os Drones se transformarem em ferramentas aeroagrícolas

comuns, que para nossa surpresa, estão sendo usados como se fossem

substitutos das aeronaves agrícolas ou dos equipamentos terrestres.

Lembremos que os Drones recém chegaram, e deveriam operar de maneira

pontual, no controle de reboleiras numa lavoura; beiradas de cerca ou de

capões de mato; em baixadas úmidas; ou em pequenas áreas de cultivos.

 

O ponto em questão é: se estamos escolhendo os equipamentos corretos para

o que precisamos? E se não deveríamos repensar o tamanho dessas

máquinas, optando por aquelas que podem atender melhor às demandas do

campo?

 

Tanto a indústria terrestre como a aérea mostram o desejo de produzir

máquinas grandes. A depender dos fabricantes, os gigantes seriam o novo

padrão.

 

Mas estamos no Brasil, e aqui as regiões possuem particularidades que talvez

não sejam tão comuns nos EUA ou na Europa. Enquanto aqui – neste país

continental, temos regiões com topografia completamente distintas, nos EUA e

na Europa as coisas são diferentes.

 

E afinal, o que isso quer dizer? Quer dizer que aviões considerados “pequenos”

ainda são máquinas interessantes para operar no sudoeste de São Paulo, no

Paraná, em Santa. Catarina e no Rio Grande do Sul? Isso mesmo: os

emblemáticos (e pequenos) aviões Pawnee, por exemplo, ainda têm muito

espaço para operar nestas regiões.

 

Ao contrário das grandes aeronaves, esses aviões compactos podem aplicar

em áreas com topografia mais acidentada, que tenham obstáculos (redes de

luz, árvores, etc.). Aviões menores conseguem voar com segurança e

assertividade agronômica nas lavouras onde os grandões terão dificuldade –

pela grande envergadura e pela alta velocidade com que sobrevoam o local.

Neste sentido o retorno da produção dos aviões Pawnee, através de um

fabricante argentino, traz luz para operadores e produtores rurais, que poderão

escolher entre um grande avião: Thrush ou Air Tractor; um avião médio –

Ipanema 203; ou um avião compacto – Pawnee.

 

Optar por uma máquina com tamanho e operação adequada para a sua região

é fundamental para que o serviço seja plenamente factível e economicamente

Favorável.

 

Não é uma questão de modismo, ou de poder econômico, mas de ajuste

Técnico.

 

Regiões como os campos de Itapetininga – Itaberá – Capão Bonito e Itapeva,

em São Paulo; os campos do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do

Sul, em grande parte, senão na sua maior parte, são ideais para aviões

médios e compactos. Alguns locais até comportam os turbos – os grandões,

mas com o devido cuidado para que a operação ocorra com a performance

agronômica que se deseja.

 

Estar atento a isso como operador e/ou proprietário é fundamental para que a

escolha do avião seja a mais assertiva.

 

O modismo pode chegar e se perpetuar, mas também pode simplesmente ir

embora. Cuidado para não entrar nessa vibe apenas para acompanhar uma

tendência – que pode ser momentânea e equivocada.

 

As melhores aplicações fitossanitárias são aquelas realizadas por um piloto

preparado e responsável, comandando uma aeronave condizente com a área.

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