Esta citação do pioneiro da aviação e fundador da Delta Air Lines Collett Everman “C.E.” Woolman reflete sua filosofia de trabalho e criatividade em conjunto com linhas de projeto bem definidas. Ele colaborou com B.R. Coad, um entomologista do governo, no desenvolvimento do conceito de uma aeronave especificamente projetada para atender as necessidades de uma aviação agrícola em rápida expansão. Produzido a partir de 1925, o Huff-Daland Duster, apelidado de “Puffer,” tinha várias características de projeto inovadoras, como um hopper incorporado à fuselagem, à frente do piloto.
De muitas maneiras, o “Puffer” foi o precursor dos muitos aviões agrícolas que o seguiram, e merece que ergamos um brinde em tributo a ele. A partir deste pequeno começo, a aviação agrícola se tornou uma contribuinte significativa na produção do suprimento mundial de alimentos, com a inovação sendo parte e parcela desta nova atividade Enquanto 2024 se inicia e o inverno (no hemisfério norte) põe a agricultura em uma pausa, é hora de aproveitarmos para destacar o trabalho duro feito pelas empresas de aviação agrícola no ano que passou, como um lembrete da importância vital da aviação agrícola na garantia de colheitas de qualidade com farta produtividade. Conforme um artigo de 2021 publicado pelo International Journal of Environmental Research and Public Health (Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública), sem o uso de defensivos, seja aplicados por avião ou por pulverizadores terrestres, haveria uma quebra de 78% na produção de frutas, de 54% na produção de legumes e de 32% na produção de cereais.
Aqueles que aram a terra sabem por experiência própria o terrível dano que pode acontecer quando ervas invasoras e outras pragas são deixadas sem controle, então um brinde para aqueles produtores rurais que se dedicam a produzir as melhores culturas possíveis, muitas vezes enfrentando padrões meteorológicos variáveis, custos elevados de insumos, estresse por doenças vegetais e concorrência de importações.
A agricultura é mais do que uma profissão, é um estilo de vida. Como o humorista americano Will Rogers disse uma vez: “um agricultor tem que ser um otimista, senão ele não seria agricultor”. Ainda me lembro bem da preocupação de meu pai sempre que uma chuva forte levava nossa plantação de legumes, assim como me lembro de seu orgulho quando produzia uma super-safra em tempos melhores.
Parabéns aos inúmeros agrônomos, químicos e outros cientistas que estudam lavouras de costa a Costa, de norte a sul, dos exuberantes pomares da Califórnia aos enormes talhões de grãos no meio-oeste. Graças aos seus estudos e pesquisas, no último meio século, vimos defensivos se tornarem menos agressivos e menos persistentes no meio ambiente, ao mesmo tempo em que se tornavam muito mais efetivos e seletivos.
Uma saudação para a NAAA, o SINDAG dos EUA, por ser a voz da comunidade de aplicação aérea na promoção da segurança e do profissionalismo, e por trabalhar em conjunto com órgãos reguladores da atividade no desenvolvimento de normativas práticas e produtivas. Igual para as muitas associações estaduais nos EUA que fazem um trabalho similar em nível estadual.
Um agradecimento em particular para o Professional Aerial Applicators Support System (PAASS), desenvolvido pela NAAA para educar pilotos sobre segurança de voo, segurança ambiental e mitigação de deriva. Além disso, a NAAA trabalha junto ao governo federal para investir na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que aumentem a eficácia de operações de aplicação aérea.
Um sincero muito obrigado aos técnicos agrícolas que misturam defensivos, os carregam no avião e abastecem e limpam a aeronave, muitas vezes permanecendo anônimos enquanto o avião e seu piloto se destacam. Uma aplicação aérea bem sucedida demanda um verdadeiro esforço de equipe, onde conhecimento e dedicação em cada estágio da operação são fundamentais.
Um brinde aos muitos proprietários e operadores de empresas aeroagrícolas em todo o mundo, por fornecerem serviços de proteção à lavouras em tempo oportuno, efetivos e econômicos. Com sua comprovada capacidade de tratar áreas grandes e/ou remotas rapidamente, contribuindo para maior produtividade e qualidade das safras, aeronaves agrícolas são especialmente valiosas quando precipitações pluviométricas excessivas impedem o uso de pulverizadores terrestres.
Outro brinde para as agências regulatórias responsáveis por avaliar riscos humanos e ambientais relacionados com a segurança de pesticidas, incluindo tanto ingredientes ativos como produtos formulados. Juntos, eles formam um rígido sistema regulatório que garante nossa segurança alimentar e ambiental.
Entre estes está a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency – EPA), onde quase 900 cientistas e servidores se certificam de que os defensivos sejam apropriadamente registrados para se adequar às normas federais, da Administração de Medicamentos e Alimentos (Food and Drug Administration – FDA) e das agências estaduais de controle de defensivos. À medida em que padrões e normativas continuam a evoluir através de pesquisas em andamento, o resultado é que os produtores passam a ter acesso a defensivos mais seguros e mais efetivos do que nunca.
Por último, mas não menos dignos de estar em nossa lista de merecedores de um brinde, estão os hábeis pilotos agrícolas, que trabalham longas horas para garantir uma segura, econômica e efetiva proteção às lavouras de cereais, algodão, pomares, legumes e muitas outras culturas. Desde meu primeiro contato com a aviação agrícola, décadas atrás, sempre me impressionei com o conhecimento e habilidade que pilotos agrícolas regularmente demonstram ter enquanto equilibram as demandas operacionais diárias com uma sólida base em operações seguras.
Alimentando um Mundo Faminto
A aviação agrícola é parte essencial em um longo processo de produção, que vai da semeadura até a entrega final dos produtos em mercados globais. Quando estiver em uma safra movimentada, na qual o trabalho está tão intenso que parece não haver horas suficientes em um dia para atender aos pedidos urgentes de aplicação aérea, é bom lembrar que o resultado disso é uma produção de alimentos suficientes para alimentar nosso mundo. Este foco tem estado aqui desde a primeira aplicação aérea por uma aeronave de asa fixa, ocorrida em 31 de agosto de 1921, quando John Macready usou um Curtiss JN-6H para espalhar arseniato de chumbo e combater uma infestação de lagartas em uma fazenda próxima a Troy, Ohio.
Aquele evento sem dúvida foi merecedor de um brinde. Com as inovações que certamente virão em projetos de bicos hidráulicos, aeronaves, GPS, biotecnologia, drones e avanços no controle e no desempenho de pesticidas, nós certamente teremos muitas oportunidades para testemunhar e erguer muitos mais brindes no futuro.