Realmente não parece, mas nós completamos 25 anos da edição de AgAir Update Latino-Americana! Sim, esta edição de outubro reflete duas décadas e meia de publicação de edições de AgAir Update dedicadas à América Latina. Na verdade, minha primeira viagem para a América do Sul foi em maio de 1992, para Bogotá, na Colômbia, e áreas vizinhas. Aquela foi uma viagem de abrir os olhos para quem, naquela época, era um piloto agrícola de 39 anos prestes a embarcar em uma carreira no jornalismo em aviação agrícola. Porém, a data que marcou o palco para os próximos 25 anos ocorreu seis anos depois, em agosto de 1998, quando Ernesto Franzen e eu viajamos de Montevidéu até Salto, Uruguai, para participar do congresso da ANEPA. Após uma viagem de seis horas de estrada e de montarmos nosso primeiro estande em um congresso na América do Sul, Ernesto e eu colaboramos na ideia de criar uma edição de AgAir Update exclusiva para os leitores da América Latina. Agora, 25 anos depois que a primeira edição foi impressa, veja onde estamos.
Sim, era o mesmo Ernesto Franzen que é hoje o editor de ambas edições latinas de AgAir Update, as edições em português e em espanhol. Quatro ou cinco anos após aquela viagem para Salto, Ernesto decidiu seguir carreira na Polícia Rodoviária Federal. Após 20 anos de serviço público, ele pode se aposentar e hoje trabalha full time para AgAir Update como seu editor para a América Latina. Na verdade, ele nunca deixou AgAir Update completamente, já que ao longo desses 20 anos ele ocasionalmente fazia alguma colaboração.
Uma das melhores coisas que me aconteceram por criar uma versão Latina de AgAir Update foram as amizades que fiz ao longo do caminho, amizades que se mantêm até hoje, mais de 25 anos depois. É um real testemunho da sinceridade do povo latino-americano. Quando viajo pela América Latina, me sinto como parte da cultura. Poucos norte-americanos têm esse privilégio, com exceção dos meus amigos do México.
Outubro é o início da safra 2023/2024 para a maioria dos pilotos agrícolas latino-americanos. Este promete ser um ano desafiador, com o El Niño tendo um impacto maior do que o usual na distribuição desigual das chuvas. Sempre digo que prefiro ter chuva a mais do que de menos; pode ser um pouco frustrante às vezes, quando uma empresa está tentando atender às demandas. Porém, a parte boa é que pelo menos os produtores têm bastante umidade, o que significa maior necessidade da aviação, já que os equipamentos terrestres ficam limitados em condições de muita umidade.
Quando o serviço nesta safra virar em correria, abra o olho com a sua segurança. Não importa o quão atrasado o serviço esteja, o atraso nunca será compensado com um avião acidentado. O primeiro empresário para quem eu voei, antes de abrir minha própria empresa, me dizia para cuidar de não quebrar o seu avião. Pode parecer um pouco egoísta, o empresário se preocupando mais com seu avião do que com o piloto – eu! Mas não era isso que ele queria dizer; o que ele estava me dizendo é que se eu não quebrasse o avião dele, eu não me machucaria. Ele estava certo.
Vou encerrar com esse pensamento, “não quebre o avião”, e talvez nós nos encontremos um dia no futuro!
Keep Turning…
Bill