O Brasil emprestou à Colômbia um Sistema Modular de Combate Aéreo a Incêndios (Modular Airborne Fire Fighting System – MAFFS II), da Força Aérea Brasileira (FAB). A ação é parte da ajuda do país ao seu vizinho da Amazônia para enfrentar incêndios que já devastaram 18 mil hectares de florestas colombianas desde novembro. O equipamento foi transportado da Base Aérea de Anápolis, em Goiás, até a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, por uma aeronave KC 390 Millenium da FAB.
No Rio de Janeiro, o equipamento foi instalado em um avião Hércules C-130 da Força Aérea Colombiana (FAC). O MAFFS II tem uma capacidade de 12.000 litros de água ou retardante, e lança sua carga através da porta lateral da fuselagem, permitindo que o interior da aeronave permaneça pressurizado, ou seja, sem comprometer o desempenho do avião. O sistema já foi usado no Brasil contra fogos na Amazônia e a FAB também o usou em incêndios no Chile em 2023.
Além disso, o governo colombiano espera contar com três aviões agrícolas Air Tractor AT-802 da Polícia Nacional nos próximos dias, os quais eram usados para aplicações de dessecantes em plantações ilegais de coca e agora serão usados para combater incêndios. Soma-se a isso a ajuda do governo peruano, o qual também enviou um sistema de lançamento de retardante para ser instalado em outro Hércules da FAC.
Enquanto isso, o assunto pega fogo no Congresso Nacional colombiano, onde o debate é a respeito da acusação de que 40% das aeronaves da Força Aérea Colombiana estariam fora de serviço. Isso teria deixado muitos dos brigadistas do país empenhados e sem condições de chegar nos locais dos incêndios.