Aviação Agrícola Brasileira Ultrapassa R$ 8 Bilhões e Deve Crescer 25% Até 2028

Estudo do diretor do Sindag e economista Cláudio Júnior Oliveira destaca avanço tecnológico, investimentos em inovação verde e papel estratégico do segmento para a segurança alimentar.

A aviação agrícola brasileira vive um momento de forte expansão e modernização. É o que revela o estudo Perspectivas Econômicas e de Sustentabilidade Aeroagrícola 2025, lançado pelo Sindag. O levantamento foi apresentado em primeira mão durante a Assembleia Geral da entidade, no início do mês, em Brasília, e aponta que o setor movimentou R$ 8,17 bilhões em 2024, com cerca de 136 milhões de hectares atendidos (somando todas as fases do trato de lavouras) por 2.722 aeronaves tripuladas.

O documento traça cenários como o crescimento da frota do setor desde 2010 e projeções até 2028 (sobre aviões, helicópteros e drones), além de impactos econômicos, culturas atendidas, participação das aeronaves em operações de combate a incêndios em vegetação e outras informações. Nesse sentido, os dados mostram um crescimento médio anual de 4,16%, com a perspectiva da frota brasileira ultrapassar a marca de 3,4 mil aeronaves agrícolas nos próximos anos – somando então mais de 170 milhões de hectares atendidos. Paralelamente, com o faturamento anual devendo romper a barreira dos R$ 10 bilhões no mesmo período. Consolidando o Brasil como a segunda maior potência mundial em aviação agrícola.

Além das cifras econômicas, o relatório sublinha a adoção massiva de práticas de governança social e ambiental (ESG, na sigla em inglês). Com 97% das empresas do setor já praticando ações de responsabilidade socioambiental e 93% adotando inovações verdes, como softwares de precisão e sensores inteligentes, além do auxílio de drones. Aliás, com as aeronaves remotamente pilotadas já somando 7,8 mil aparelhos registrados no País.

O estudo de Oliveira destaca o trabalho do setor especialmente nas culturas de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz e pastagens, além de florestas plantadas – como eucalipto e pinus. Reforçando também o papel estratégico da aviação agrícola em frentes como combate a pragas e incêndios, semeadura, povoamento de rios e aplicação em áreas de difícil acesso. Com protagonismo na segurança alimentar, controle ambiental e sustentabilidade do agronegócio brasileiro. 

O documento (que pode ser conferido no QR code nesta página) traça ainda uma linha do tempo desde o surgimento da tecnologia aeroagrícola no mundo (em 1921) e no Brasil (em 1947). Destacando ainda ações e projetos do Sindag e revisitando fatos e mitos sobre a atividade e outras informações do site do Sindag.

Confira o estudo na íntegra clicando aqui.