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A Tecnologia de Drones para Combate ao Fogo Continua a Crescer

A tecnologia de drones passou por diversas fases de desenvolvimento avançado nas últimas décadas, a ponto de eles estarem se tornando melhor posicionados como sistemas não-tripulados, os quais podem ter vários usos, da inspeção de infraestrutura crítica (como redes de transmissão, óleo e gasodutos, linhas férreas, etc.) passando por missões de busca e salvamento diurnas e noturnas, missões de vigilância aérea em geral até missões de apoio a entidades de segurança pública, obtendo informações em tempo real em locais inacessíveis.

O Desafio dos Fogos Florestais e o Futuro

Fogos florestais estão em todos os lugares, da Califórnia até a Europa e a Austrália, crescendo em frequência e intensidade. Em 2020, mais de 4,13 milhões de hectares foram afetados por fogos florestais só nos Estados Unidos, comparado com apenas 1,37 milhão de hectares perdidos em 2010.

Isto representa um impressionante aumento de 200% na última década. Igualmente alarmante, a temporada de fogos florestais de 2019-2020 na Austrália destruiu estimados 18 milhões de hectares, causando um prejuízo recorde de US$ 4,5 bilhões em danos à infraestrutura, à agricultura e na interrupção de negócios, comparado com US$ 1,6 bilhão na temporada do ano anterior.

Há tragédias pessoais nisso também. Todo ano, muitas pessoas perdem suas vidas combatendo fogos, geralmente devido a uma falta de informação para proteger suas vidas e seu equipamento ou por mudanças inesperadas no trajeto do fogo. Devido ao significativo risco que fogos florestais trazem para a segurança das pessoas, do meio-ambiente e para a economia, é essencial que os brigadistas sejam equipados com as melhores ferramentas, tecnologia e métodos.

Tradicionalmente, missões de combate ao fogo são executadas com um conjunto de sistemas terrestres, apoiados do ar por aeronaves tripuladas de asas fixas e rotativas. Infelizmente, os sistemas no solo não tem como mapear as vastas áreas que os fogos tendem a afetar. E aeronaves tripuladas geralmente são despachadas durante o dia para apagar fogos ou para atuar em missões de busca e salvamento, ficando no chão durante a noite, enquanto os fogos continuam queimando.

Porém, agora há uma nova maneira de apoiar este combate ao fogo: veículos aéreos não tripulados (VANTs), também chamados de sistemas aéreos não tripulados.

“Aeronaves não tripuladas de médio e grande porte podem ser despachadas em missões de longo alcance, com as devidas autorizações legais, em condições adversas, dia e noite, a grande altitudes e em um amplo espectro de temperaturas – tudo isso sem qualquer risco para seus controladores”, diz Ronnie Fahy, CEO da Xplorate Pacific, uma empresa de tecnologia e serviços aeronáuticos servindo a Austrália e a região do Pacífico Asiático. “Como resultado, eu vejo isto como sendo uma quebra de paradigmas no combate ao fogo, não apenas na Austrália e na região do Pacífico Asiático, mas em todo o mundo”.

Novos e maiores VANTs podem apoiar operações tripuladas assumindo as missões ISR (intelligence, surveillance and reconnaissance – inteligência, vigilância e reconhecimento) e liberando as aeronaves tripuladas para o combate ao fogo.

Os drones dão sua maior contribuição às operações à noite e em condições meteorológicas adversas. Os VANTs podem operar a longas distâncias sem a necessidade de infraestrutura e com um apoio de solo mínimo. Alguns sistemas já em uso contra o fogo hoje podem ser transportados para o local da operação em uma van ou outro veículo comercial, a partir de onde apenas dois operadores podem despachá-lo em menos de 15 minutos, e com nenhuma ou pouca infraestrutura requerida.

Drones de Longo Alcance: Olhos no Céu em Tempo Real

Os VANTs são particularmente benéficos em áreas rurais e remotas, as quais geralmente não têm acesso a equipamentos para informação e vigilância aérea. Equipados com os sensores certos, VANTs podem fornecer aos brigadistas informação em tempo real que pode ser usada por aeronaves tripuladas no combate ao fogo, através de sensores EO/IR (electro-optical / infrared – eletro-óptico / infravermelho) e de mapeamento do fogo os quais, graças ao seu software com Inteligência Artificial, podem automaticamente detectar o perímetro do fogo, incluindo pontos quentes, e apresentar esta informação no centro de comando no solo.

Selecionando a Tecnologia de Drone Certa para suas Necessidades de Combate ao Fogo

Ao selecionar tecnologia de drones para missões de combate ao fogo para apoiar suas operações aéreas , deve-se lembrar que nem todos os VANTs são iguais. Na verdade, há uma grande gama de opções de VANTs, dos drones de grande porte oferecendo grande autonomia e alta capacidade de carga até pequenas aeronaves com curta autonomia de voo e capacidade de carga limitada. Decidir qual o drone é certo para você depende das suas necessidades – e do seu orçamento.

Em uma ponta do espectro, VANTs de pequeno porte tendem a ser mais baratos do que os de grande porte. A desvantagem é que estes drones oferecem carga útil limitada, curto alcance e pouca autonomia. Na outra ponta do espectro estão os VANTs de grande porte. Apesar de mais caros, seus operadores podem ganhar significativos aumentos de carga útil, desempenho e autonomia.

Por exemplo, um sistema de grande porte, multiuso e capacidade de pouso e decolagem vertical (VTOL – Vertical Take-Off and Landing) oferece aos seus usuários uma capacidade de carga excepcional incluindo combustível (na faixa dos 40 kg), longa autonomia (três horas ou mais), padrões de voo estáveis, sensores de alta qualidade e um alto nível de segurança.

O SD 50, fabricado pela SwissDrones, atende a todos os requerimentos acima e está em operação em 12 países, em vários usos. A empresa está entrando no mercado americano, com sua aeronave atualmente sendo avaliada pela FAA para receber aprovação para operações de inspeção em BVLOS (Beyond Visual Line Of Sight – Além da Linha de Visão) sob a Parte 91.

Seja qual for a sua necessidade para acrescentar VANTs às suas operações tripuladas, o mercado está provando há tempo que os VANTs têm uma fatia crescente do negócio, fornecendo serviços ISR, ajudando a mapear as áreas que as aeronaves tripuladas precisam atacar e aumentando a efetividade geral das missões de combate ao fogo realizadas pela aviação de asas fixas e rotativas.

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