Com base nos principais indicadores econômicos do país, o Brasil vem apresentando resultados um tanto quanto preocupantes, ao mesmo tempo em que também aponta avanço em outros. Os indicadores de grande relevância para se ter uma visão geral de como anda a economia do Brasil, são: inflação, taxa de juros, Produto Interno Bruto (PIB), Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), câmbio e taxa de desocupação.
Alguns desses índices se comportam de forma contrária quando determinada variação ocorre um seus resultados, como exemplo a inflação, visto que está atualmente em 4,76% nos últimos 12 meses, acima do limite de tolerância estabelecido pelo Banco Central do Brasil (Bacen), provocando com isto medidas de políticas monetárias contracionistas, estratégia adotada pelos órgãos responsáveis para retirar moeda de circulação, obrigando os preços a recuarem, ao mesmo tempo em que um novo patamar se estabelece para a taxa base de juros da economia.
Além da inflação acima da meta, outro agente econômico que incitou a elevação dos juros recentemente no Brasil, seria o Despesa líquida do Setor Público (DLSP), pois conforme o Bacen, no mês de setembro seu valor chegou a atingir 62,4% do PIB (R$ 7,1 trilhões). Com esse aumento incessante da DLSP, o governo toma medidas fiscais aumentando impostos e com isto elevando os custos de muitos produtos ofertados no comércio, levando ao crescimento do nível geral de preços, obrigando o Bacen elevar seus juros como medida preventiva para que a inflação não volte alcançar patamares aquém do esperado.
Esses resultados corroboraram para uma valorização cambial exorbitante, acusando uma variação de 6% na cotação média do dólar, de setembro a outubro, apontando um valor médio pratica no mês de R$ 5,7773 e encerrando o dia hoje, dia 21 de novembro, no valor de R$ 5,82. Mesmo com os juros elevados, o que acaba atraindo investidores devido a rentabilidades maiores, o real vem perdendo força, pois o governo tem recebido desconfiança do mercado em honrar com suas dívidas, provocando com isso uma “mancha” em sua reputação, fiscal, comercial e de gestão.
Diante de todos esses acontecimentos, o país segue em queda na taxa de desocupação, conforme os últimos dados lançados no 2ª trimestre de 2024, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no qual registrou uma variação de 6,9%, uma queda de 1% quando comparada ao 1ª trimestre deste ano. Acompanhado disto, está o crescimento do PIB, que desde o 1ª trimestre de 2023 até o último o 2ª trimestre deste ano, tem apresentando uma linha ascendente, de acordo com o gráfico do IBGE.
É de saber que o governo atual tem dificuldade no controle favorável em seus gastos ultimamente, levando em consideração que investimento é a base para gerar crescimento econômico, emprego e contribuindo para o aquecimento econômico de um país, entretanto a não “expertise” da utilização destes métodos, quando não levado em consideração outros indicadores, podem acarretar desequilíbrio em vários setores da economia, podendo acarretar em um determinado “loop”, erros já cometidos anteriormente em governos passados.