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Panorama Econômico – O Ambiente de Insegurança Econômica e a Revisão dos Preços da Aviação Agrícola

Apesar da pequena deflação no índice de inflação do setor aeroagrícola (IAVAG) no mês de abril, o Brasil vive desconfiança e instabilidade na sua economia, fomentada pelos gastos públicos e outras variáveis que traremos ao longo do texto. Sabemos que a política fiscal cumpre um papel importante para manutenção da saúde econômica do país impactando na inflação, na redução da taxa de juros e diretamente no crescimento econômico do Brasil, entretanto não é isso que tem acontecido nos últimos meses. No ano passado o governo federal apresentou déficit primário consolidado de R$ 249,1 bilhões, o que corresponde a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Por isso, nos últimos meses o mercado financeiro e o setor produtivo têm cobrado o governo federal pela redução dos gastos públicos. A previsão para a redução dos gastos públicos está agendada para acontecer em agosto deste ano, quando o orçamento 2025 será apresentado e segundo a Ministra do Planejamento Simone Tebet, um cardápio de opções será apresentado ao Presidente Lula, propondo essa redução tão desejada, entretanto uma agenda de redução a curto prazo está longe para acontecer, visto que os itens a serem analisados são complexos e carecem de soluções inovadoras e de boa vontade política para isso.

O primeiro ponto a ser trabalhado é o gasto com servidores, o segundo ponto são os gastos previdenciários, o terceiro é a reforma de gastos sociais, que sofre pela falta de seriedade no cadastro de pessoas que necessitam realmente de apoio, o abono salarial e a desvinculação destes gastos. Entretanto, sabendo deste desafio o governo já iniciou uma agenda de aumento de impostos, visto que o trabalho para redução dos gastos é mais complexo do que o corte de gastos nos mais de 35 ministérios.

Diante deste cenário, a revisão de contrato das empresas de aviação agrícola com seus clientes deve considerar mais do que o IAVAG. Ele deve considerar a insegurança econômica, política e social que trazem danos que podem afetar as empresas a longo prazo. Além disso, a escassez de aviões e de peças, levando a um inflacionamento desenfreado, pode também trazer um peso daqui a alguns anos.

Sob esse cenário o setor vai avançando e, por isso, todo o cuidado é pouco na hora de revisar os preços da aviação agrícola, pois a saúde dos negócios depende principalmente da sensatez do gestor para suportar tantas instabilidades e considerar variáveis ainda não vistas.

AgAir Update congratula Cláudio Junior Oliveira pela obtenção de seu Doutorado em Administração, o qual se soma à sua formação como economista e administrador, com especialização em Gestão Empresarial e Psicologia Organizacional e Mestrado em Inovação.

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