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Plano Safra 2023/24 e os desafios para o setor aeroagrícola

Economista e Administrador, Especialista em Gestão, Mestre em Inovação e Doutorando em Administração. Coordenador do 1º MBA voltado a Gestão, Inovação e Sustentabilidade Aeroagrícola. Diretor Operacional do SINDAG e Coordenador de ensino e pesquisa do Programa de Boas Práticas Aeroagrícola do Brasil pelo IBRAVAG e SEBRAE.

Todos os anos o Plano Safra injeta um financiamento de recursos financeiros para incentivar a produção agropecuária no Brasil. Para a safra de 2022/23 foram projetados cerca de R$ 340,88 bilhões, um aumento de 36% referente à safra anterior. Destes R$ 340,88 bilhões, foram realmente concretizados R$ 317,2 bilhões, cerca de 93,4%. O encerramento deste ano da atual safra terá findado ao final de junho, em seguida se dará início ao plano safra 2023/24, do dia 01 de julho até 31 de junho de 2024.

Recentemente o então atual ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debater sobre a safra vigente e apresentar propostas na qual excedem valores já financiados anteriormente. No dia 12 de junho, Fávaro também participou de um encontro online com Márcio Lopes de Freitas, Presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil), em conjunto com 350 outros membros para o cooperativismo agropecuário e do crédito no Brasil.

Entre os assuntos em questão e de destaque discutidos neste dia, estavam o apoio e engajamento ao crédito rural no qual consiste em um Plano Safra com maior orçamento. Luiz Roberto Baggio, coordenador nacional do Ramo Agro do Sistema OCB, estima um valor mínimo para financiamento em R$ 410 bilhões, R$ 125 bilhões atrelados em investimentos e R$ 285 Bilhões no custeio. Para Fávaro, seriam necessários R$ 404 bilhões da disponibilidade de crédito, R$ 215 bilhões em juros controlados.

Os dados apresentados pela equipe econômica do Ministério da Fazenda não agradaram o ministro Fávaro, complementando este que a proposta feita está “muito abaixo” das reais necessidades para a próxima safra. Ainda no final deste mês de junho, as partes deverão chegar em um consenso sobre esta questão. Neste trimestre de 2023 o Produto Interno Bruto (PIB) foi bastante impulsionado pela agropecuária, em torno de 21,6%, além de registrar números significativos nas exportações de agricultura, no qual mereceria mais portifólio perante tais fatos. A grande questão que se abre neste momento é se o ministério da Agricultura vai conseguir que o ministério da Fazenda atenda a necessidade do agro brasileiro.

É importante salientar que estes investimentos afetam o porte das lavouras e por consequência a compra de insumos e as aplicações aéreas, no caso específico. Os investimentos em insumos depende da condição financeira dos produtores, que neste caso dependem, boa parte dos seus recursos, do financiamento por parte do plano safra e por isso, os empresários e investidores no setor devem ficar atentos ao plano safra e seus desdobramentos. Sabendo que a agricultura brasileira precisa de 800 bilhões a 1 trilhão de reais para financiar, preocupa que a proposta, mesmo sendo sugerida com um valor maior que o ano anterior, ainda está longe do adequado.

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Martín da Costa Porto

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