InícioBrasilAfinal, Aplicação Aérea de Defensivos Funciona?

Afinal, Aplicação Aérea de Defensivos Funciona?

Tema recorrente no meio rural, o questionamento se as pulverizações de defensivos por via aérea (aviões, helicópteros e drones), funcionam.

Esta tecnologia é tão eficaz ou, eventualmente, melhor que a terrestre em algumas situações. As operações aeroagrícolas já provaram há muito tempo que funcionam, e muito bem.

Mas então, por que ainda se tem tantas dúvidas… por que algumas regiões do Brasil resistem usar esta valorosa ferramenta?

Ora, aquilo que a gente não conhece a gente não confia! Isso não é apenas uma frase de efeito, mas, uma constatação.

A questão é que no Brasil pouquíssimas Escolas de Agronomia disponibilizam informações consistentes sobre os serviços aeroagrícolas. Talvez, umas 10, e destas 3 ou 4 como matéria regular (não optativa).

A partir disso é possível entender porque grande parte dos agrônomos não lembram ou resistem em recomendar os serviços aéreos.

Dito isso, vamos entender um pouco mais sobre eles…

Estudos científicos mostram que as perdas apenas por amassamento da cultura, no caso da soja, podem ser entre 3% e 6%. Na cultura do milho isso piora, chegando a 7%. Dependendo da topografia da área, da distância dos “tiros & balões”, as máquinas terrestres podem danificar severamente a lavoura. Isso sem contar que após chuvas elas não podem entrar.

Então, as aeronaves substituem os equipamentos terrestres? Não, absolutamente. A ideia não é necessariamente essa, embora em algumas regiões muitas fazendas tenham adotados o uso de aviões próprios no lugar dos grandes gafanhotos.

A proposta é que o produtor rural use as tecnologias de maneira inteligente e racional: num momento aplica com as máquinas terrestres, noutro, com as aeronaves. Este planejamento, quando feito de maneira rotineira e antecipada funciona muito bem. Traz ganhos importantes para a propriedade, que ao final terá reduzido seus custos de produção.

Falando especificamente da cultura da batata, que possui características próprias muito distintas das demais, por ser muito rápida e necessitar de aplicações recorrentes; a aplicação aérea traz vantagens adicionais: evita danos físicos nas plantas que se tornam porta de entrada para doenças, reduz a contaminação ao longo da área por máquinas transferindo patógenos-pragas ou ervas daninhas, elimina poças de água nos rastros que se tornam pontos de reprodução de insetos e de bactérias, entre outras vantagens. O controle das “vaquinhas” por via aérea é incomparável.

No passado, um produtor de batatas da região de Guarapuava, realizou um comparativo numa área de 50 hectares. Dividiu a área ao meio, entre tratamento aéreo (com avião), e o tratorizado. Segundo ele, ao final do ciclo, observou que a área tratada com avião produziu batatas com melhor qualidade, e que nesta área ele conseguiu segurar a batata por mais tempo no solo. Isso porque a lavoura não sofreu injúrias causadas pelas máquinas.

Enfim, a tecnologia aeroagrícola é uma ferramenta estratégica de valor inestimável para o agronegócio. Bem usada ela irá somar com o sistema produtivo de forma muito positiva.

No nosso entendimento, os produtores deveriam manter cerca de 30% da sua área destinada as aplicações aéreas, a fim de garantir a presença do equipamento e com isso, o atendimento em situações mais extremas como, dos períodos chuvosos. Em mantendo a parceria, as empresas prestadoras de serviço terão confiança na região, investirão em mais equipamentos e na prestação de serviços de qualidade. É a famosa bola de neve positiva.

SIM, A APLICAÇÃO AÉREA FUNCIONA MUITO BEM. PODE CONFIAR!

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